Trabalhar em casa com horários flexíveis e dar adeus ao chefe. Abrir o
próprio negócio, com baixo investimento, e ainda por cima contar com uma
rede de suporte. A cena parece o ideal para muitos brasileiros e é uma
oportunidade que se desenha com a aquisição de uma microfranquia.
As marcas que oferecem oportunidades de negócio no setor de franchising com
investimento inicial de até R$ 50 mil têm chamado a atenção dos
empreendedores brasileiros. De acordo com dados da Associação Brasileira
de Franchising (ABF), o setor vem crescendo e passou de 213 para 336
empresas em 2011. Elas já representam 17% do total de marcas e 4% do
faturamento do setor. Em muitos casos, o empreendedor que adota esse
modelo de negócio não precisa ter um escritório.
Mas, antes de investir, é preciso prestar atenção a algumas questões. O
grande desafio do empresário que escolhe a casa como sede é conseguir
conciliar com a vida empresarial com a doméstica. “É preciso de
disciplina e organização”, diz Adir Ribeiro, sócio-diretor da Praxis
Education.
Para Marco Imperador, sócio-diretor
do Grupo Zaiom, é fundamental estabelecer uma rotina, com horário
definido para começar o trabalho, para que o negócio tenha sucesso.
“Tenha um quarto específico para trabalhar, com porta e chave. Além
disso, é importante ter uma linha telefônica exclusiva para a empresa”,
diz. Segundo Imperador, ainda que a microfranquia funcione a partir de
casa, é vital sair para buscar fregueses e divulgar a marca.
Por outro lado, a microfranquia traz a vantagem de diferenciar o
trabalho do prestador de serviço independente, que muitas vezes atua na
informalidade, de um profissional estruturado. “Há um mecanismo
importante de transferência de know-how das redes, principalmente em
áreas como reforço escolar, manutenção de prédios e outros reparos”,
afirma Ribeiro, da Praxis.
Muito trabalho à vista
Ao contrário de outros modelos de negócio que dependem do
trabalho em equipe para funcionar, na microfranquia o bom resultado está
baseado no trabalho do próprio empreendedor. “Não é um investimento, é
uma operação”, diz Imperador.
De acordo com ele,
é o empreendedor que vai realizar a operação do negócio. “As pessoas
têm de ter afinidade e disposição para trabalhar na operação. O sucesso
do negócio se vale muito mais do esforço do franqueado do que do
capital”, afirma.
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